GANDHI encerou o ciclo com chave de ouro!
Filme comentado pelo Dr.Henrique Joaquim.
Acho que correu muito bem! Para o ano teremos novo ciclo, mas com outro tema.
GANDHI encerou o ciclo com chave de ouro!
Filme comentado pelo Dr.Henrique Joaquim.
Acho que correu muito bem! Para o ano teremos novo ciclo, mas com outro tema.
E com mais dois bons filmes, se deu por encerrado o "nosso"ciclo de cinema que até teve direito a pipocas!
A Cidade da alegria foi comentado pelo Dr. Maduro Dias.
Aqui ficam algumas fotos deste agradável serão.
O livro “Formação para a Prestação de Cuidados a Pessoas Idosas”, da mestre em Gerontologia Social Aplicada, Maria Manuela Sousa, alerta para a falta de formação e de condições laborais dos trabalhadores que lidam com idosos, em particular na ilha Terceira, mas generalizada às restantes ilhas. Uma preocupação que passa a estar impressa em livro que, com o apoio da Misericórdia de Angra, é apresentado no próximo dia 23 de Novembro.
O livro assenta no estudo de mestrado de Maria Manuela Sousa, socióloga da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, que em “Formação para a Prestação de Cuidados a Pessoas Idosas”, analisa cientificamente um campo “manifestamente pouco explorado pela comunidade científica em gerontologia no nosso país”.
“Perigos” no cuidado ao idoso
“Perfilam-se vários perigos, hoje, como a redução expectável das receitas, o aumento dos encargos de funcionamento destas instituições, o aumento do nível de exigência dos clientes”, alerta a socióloga Maria Manuela Sousa acerca do sector da prestação de cuidados a idosos no livro que apresenta, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Angra a 23 de Novembro, pelas 20H30, na sede da instituição.
Noticia do jornal A União
XI Congresso Insular das Misericórdias dos Açores e da Madeira, realizado nas Velas, nos dias 01, 02, 03 e 04 de Setembro, sob o título “Misericórdias: Voluntariado com o Coração”. No referido Congresso, a Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo esteve representada no Painel Projectos das Misericórdias, com apresentação, pela Dra. Manuela Sousa, do projecto de voluntariado desta Instituição e no lançamento do livro “Formação para a Prestação de Cuidados a Pessoas Idosas”, da autoria de Manuela Sousa, com apresentação da Drª Paula Guimarães.
Resumo:
"O envelhecimento demográfico constitui, actualmente, uma realidade e um sério
desafio para as sociedades actuais e para as gerações vindouras. Os cenários
demográficos prospectivos apontam para um crescente envelhecimento da população
mundial em geral, e da população europeia em particular. Este fenómeno será
particularmente acentuado no grupo dos idosos muito idosos, os quais constituirão um
população sucessivamente mais numerosa, exigente, escolarizada, esclarecida,
consciente dos seus direitos, portadora de novas patologias, nomeadamente as de
cariz crónico-degenerativo, e, por conseguinte, mais consumidor de cuidados,
nomeadamente na fase final da vida. Este cenário obriga a uma reflexão cuidada
acerca das respostas sociais destinadas aos idosos, na qual deverão assumir
particular importância os recursos humanos e, de entre estes, os Cuidadores de Acção
Directa e o papel dos mesmos no sistema de cuidados. As questões relacionadas com
a carreira e com a profissionalização destes actores são cruciais. Destas, escolhemos
a formação profissional como objecto deste estudo por a considerarmos um dos
factores chave para a qualificação e para a profissionalização duma categoria da qual
dependerá, de sobremaneira, a qualidade dos cuidados que legitimamente
quereremos exigir para os nossos idosos. Assim, após revisão bibliográfica e análise
da literatura existente sobre esta temática, durante a qual procedemos à descrição do
modelo inglês e do português no que à formação dos CAD diz respeito, procurámos
perceber quais as principais necessidades de formação profissional deste grupo
profissional, percebidas e expressas pelos próprios. Para o efeito, desenvolvemos um
estudo de cariz exploratório, centrado na utilização do inquérito por questionário, tendo
este sido aplicado a uma amostra de 253 CAD, enquadrados em instituições
localizadas em Portugal Continental e na Região Autónoma dos Açores.
A investigação que realizámos permitiu-nos a identificação de dois grupos de cuidadores
que evidenciam diferentes percepções relativamente às respectivas necessidades de
formação profissional. Essas necessidades expressas permitiram-nos identificar dois
perfis de necessidades – um grupo com mais e outro com menos necessidades de
formação. "
Livro muito interessante, para quem se interessa pelas questões do envelhecimento.
O meu nome é Mariana Oliveira, tenho 16 anos, estudo na Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, no 11º ano de ciências e tecnologias e sou voluntária na Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, há sensivelmente 3 meses.
Em maio deste ano fui assistir a uma ação de sensibilização no âmbito das comemorações do ano europeu do voluntariado, que me despertou a atenção para todo este mundo do voluntariado.
Lembro-me de pensar nisso quando era mais nova mas o serviço de voluntariado só era permitido a partir dos 18 anos, o que fez com que a ideia nunca tivesse passado apenas de uma ideia. Foi nessa ação que tive o conhecimento de que, agora, o voluntariado é permitido a partir dos 14 anos e que me decidi a fazê-lo.
Estava acompanhada por 5 colegas e amigos. Um deles já fazia voluntariado há relativamente pouco tempo e os outros estavam mais ou menos na mesma situação que eu. Uma dessas colegas também já tinha pensado nisso, por isso foi a ela que me dirigi primeiro, mas enquanto a conversa se desenrolou, ficámos todos entusiasmados e contagiados uns pelos outros. Resultado: fomos todos!
Fomos sempre muito bem recebidos pela Sta. Casa e, depois de todas as entrevistas, reuniões e burocracias necessárias, começámos os nossos serviços na geriatria.
Primeiro fiquei na ajuda à hora de almoço acompanhada por uma voluntária mais antiga na Instituição. Quando chegávamos, preparávamos o refeitório, se ainda houvesse alguma coisa por fazer, trazíamos as pessoas para os seus lugares, fazíamos-lhes alguma companhia enquanto o almoço não chegava e depois dávamos o almoço a quem precisava de ajuda.
Depois começámos a ajudar numas atividades e jogos, que desenvolvem as capacidades motoras e a motricidade fina e que os ajudam a interagir uns com os outros, e que já vêm ao encontro do tema do próximo ano europeu, que é: “Envelhecimento Ativo”.
Jogamos dardos, bowling, à pesca, à caça… Eles adoram! Mesmo que ao princípio fiquem um bocadinho hesitantes, no fim querem sempre saber quando é que há mais e ficam com pena de ter acabado, porque são coisas simples, feitas com linhas, garrafas e latas recicladas, mas que os fazem voltar atrás e lembrar aventuras que viveram quando eram mais novos enquanto caçavam e pescavam. Eles contam essas aventuras e querem partilhá-las com “os pequenos” (que somos nós).
Tem sido uma experiência verdadeiramente enriquecedora.
Para mim (e acho que posso falar por todos os meus colegas) tem sido bom desde o primeiro dia. É claro que não é no primeiro momento que conseguimos ter a completa confiança de todos, mas houve logo ligação com as pessoas e com a ajuda da D.a Izilda correu bastante bem. Depois, logo no segundo dia, os sorrisos já eram diferentes, e foram sempre ficando mais rasgados à medida que as semanas foram passando.
São sorrisos que valem todo o esforço que possamos ter que fazer para lá chegar e que arrasam todas as desculpas que possamos dar, ou ter dado, para não o fazer. Desculpas como “eu não tenho tempo”, que é das mais, se não a mais, frequente.
São 2 horas numa semana. São 2 horas em 168. Tempo que passa a voar em frente da televisão, enquanto vemos uma série que nem seguimos e só estamos a ver porque não está a dar mais nenhum programa que nos agrade; ou tempo que passamos em frente do computador a pesquisar sobre nada, ou a ler artigos vazios; ou tempo que nós, estudantes, passamos com os livros à frente sem ler uma só palavra de matéria.
A diferença é que, nessas duas horas que estamos lá, na Santa. Casa, recebemos o carinho, o reconhecimento, a alegria de nos verem, a amizade, os conselhos e lições de vida que nos vão dando; mais, incomparavelmente mais, do que o que o computador ou a televisão alguma vez nos poderiam dar.
E ainda dizem que os voluntários não são recompensados…!
Mariana Oliveira
Voluntária no Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo