Dezembro 24 2011

Um santo Natal para todos.

publicado por servoluntariosempre às 13:23

Dezembro 19 2011

Entrevistas no jornal Diário Insular.

 

Em que tipo de volunta­riado estão ou estiveram envolvidas?

Izilda Amaral - Penso que desde menina e moça que o "bichinho" do volunta­riado vive no meu coração. Já fui voluntária hospitalar, numa instituição ligada ao hospital de Angra do He­roísmo, durante nove anos. Neste momento exerço o meu voluntariado no Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, no Centro Geriátrico e posso dizer que é com muito gosto que o faço.

Claudina Sousa – Eu, pre­sentemente encontro-me, tal como a Izilda, envolvida no voluntariado do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, no acompanhamento e apoio ao idoso.

Que razões as levaram a desenvolver este tipo de voluntariado?

Izilda Amaral - As minhas razões são simples. Sou casa­da e depois de os meus filhos serem já crescidos, a minha vontade de ajudar o próximo foi mais forte, pois ir tomar chá com as minhas amigas era muito pouco para preencher os meus dias.

Claudina Sousa – No meu caso, o que me levou ao voluntariado, para além da satisfação pessoal e de um bem estar interior que origi­na o prazer de servir a quem precisa, foi também a minha situação de desemprego e o facto de ter a minha vida familiar estabilizada.

Quem mensagem gos­tariam de deixar aos inte­ressados em serem volun­tários?

Izilda Amaral – A men­sagem que eu deixo é a seguinte: ajudar os outros é muito gratificante. Eu acho que o que recebo em troca é muito mais do que aquilo que dou. Voluntário é aquele que se compromete por amor e livremente! É uma actividade que se deve levar a sério e não só quando nos apetece, pois alguém está esperando por nós, pelo nosso sorriso e carinho. Por isso é que na minha opinião ser voluntário vale a pena! Não por estar na moda mas por ser tão gratificante.

Claudina Sousa – O mundo precisa de pequenas atitudes como estas. Ao longo destas actividades nós deparamo-nos com histórias de vida, que nos fazem pensar que para ser feliz basta ape­nas um pouco de doação e esforço da nossa parte.

 

 

 

Izilda Amaral e Claudina Sousa.

publicado por servoluntariosempre às 12:06

Dezembro 12 2011

O meu nome é Izilda Amaral, tenho 56 anos, e sou voluntária.

Pediram-me que desse o meu testemunho sobre o voluntariado e eu acedi, porque é algo que me diz muito.

Acho que desde muito jovem, comecei a sentir este bichinho crescer dentro do meu coração, a vontade de ajudar ou outros.

Sou natural da Vila Nova, mas tinha uma avó em Angra e ia passar muitos dias a casa dela. Então tinha eu 12 ou 13 anos mais ou menos, já ia fazer umas visitinhas ao lar de idosos que naquela altura era chamado de “ asilo” . Recordo que visitava as velhinhas levando uns chocolatinhos comigo, e era muito bem recebida por elas. Eram só 14 ou 15 mulheres, os homens estavam noutra ala (acho eu!) não me recordo bem. Sei que ficava muito impressionada sempre que lá ia, pois notava a sua solidão e tristeza.

Entretanto os anos foram passando, eu cresci, namorei e casei. Tenho 2 filhos, e enquanto eles precisaram de mim estive sempre disponível, mas os filhos crescem e tornam-se auto-suficientes (e ainda bem que assim é).

Quando foram para a Universidade, resolvi dedicar um pouco da minha vida ao meu próximo, aqueles que mais precisam. Foi então que seguindo o exemplo de uma amiga, contactei a Liga dos Amigos do Hospital de Angra do Heroísmo, onde durante quase 9 anos me dediquei de várias formas a ajudar os nossos doentes. Posso dizer que foi uma experiência muito gratificante, da qual guardo muitas recordações. Fiz voluntariado fora do Hospital e também nas suas enfermarias, e o que mais me tocou foi quando exerci a minha actividade no 4º piso ou seja, no serviço de Medicina (sempre me tocaram as pessoas em fase terminal de vida) e o abandono a que muitas vezes estão condenados.

Quando deixei de se voluntária na Liga, fui convidada por outra Instituição, que também está fazendo um trabalho de louvar em prol dos mais desfavorecidos da nossa sociedade, mas não era bem a minha área de vocação. E por isso não continuei por lá.

Então, e porque talvez lá no fundo do meu coração ainda estivesse adormecida a minha experiência de juventude, procurei o serviço de voluntariado da Santa. Casa Da Misericórdia de Angra do Heroísmo. Faço o meu Voluntariado no Lar, na Enfermaria e Geriatria.

Já lá estou há sensivelmente 2 anos, Vou 2 vezes por semana na hora de almoço, e aquelas horas passam a correr! Todos precisam de algo, nem que seja só uma mão amiga, ou um sorriso pois muitas vezes já nem falam connosco, uns porque por doença não conseguem, outros porque como ninguém falava com eles, foram deixando de o fazer. É tão triste o abandono!

É algo que ainda me custa a aceitar, excluir pessoas só porque são velhos e já não tem nada para dar…Grande engano! Eles, os meus companheiros das terças e das quintas-feiras, dão-me muito! Palavras sábias, carinho, sorrisos etc. …etc. …É algo que para mim não tem preço.

Voluntário é aquele que se compromete por amor ao próximo e livremente. O voluntário deve servir com total gratuitidade. Ele não é apenas um dador de simpatia e de interesse humano, mas um dador de tempo que é coisa que o profissional tem de administrar, e não pode desperdiçar. De facto, o voluntário é aquele para quem o tempo não tem grande importância, porque pode dá-lo generosamente. Ele é alguém que pode sentar-se ao lado do outro para o ouvir, ou apenas para estar presente.

Não pode ser voluntário quem quer. É necessário possuir uma grande dose de generosidade e dispor de tempo livre. Quem não tiver assumido os seus próprios problemas não pode, nem consegue, ajudar os outros. O voluntariado não pode ser uma fuga das frustrações familiares, uma actividade para aliviar a sensação de isolamento, ou mesmo, a possibilidade de desenvolver um certo protagonismo social. Por isso deve fazer-se sempre uma cuidadosa triagem daqueles que pretendem dedicar algum do seu tempo a essa actividade, para saber das suas motivações, das suas capacidades e da sua disponibilidade. Exige também um mínimo de formação. É isso que se procura fazer na nossa instituição, o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo, onde o trabalho dos voluntários é levado a sério, e julgo que é apreciado pelos seus técnicos, onde se dá uma grande importância à formação. 

Por tudo isto, neste ano que é o ano dedicado ao voluntariado estas palavras do Hino do Ano Internacional dos Voluntários, fazem todo o sentido:

Vai e faz- dá um pouco de ti

Pensa em ti pensa em mim

E nos outros também

Vai e faz! Basta um pouco de ti

Tu vais ser mais feliz

E os outros também!


 

Izilda Amaral

Voluntária no Lar de Idosos

Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo

 

publicado por servoluntariosempre às 11:41

Dezembro 05 2011

Como tem sido habitual ao longo de todo o ano de 2011, tivemos no fim do mês de Novembro mais uma formação para o nosso voluntariado, mas desta vez alargado a alguns (poucos) voluntários de outras instituições.

O formador foi o Dr. Henrique Joaquim, professor na Universidade Católica, que para além do seu vasto curriculum e formação académica, tem uma grande formação humana e solidária.

Ele, na minha opinião, é daquelas pessoas que sabem ver as coisas, com os olhos do coração!

Foram cinco manhãs muito ricas!

Ficam aqui algumas fotos do evento, e também de outro acontecimento passado na mesma semana, o lançamento do livro da Dr.ª Manuela Sousa Formação para a Prestação de Cuidados a Pessoas Idosas desta vez na “nossa casa

O livro foi apresentado pelo Dr. Henrique Joaquim, e contou com uma breve actuação do Coro da Academia da Instituição, com a direcção da maestrina Yoroslava Rusal.

 

publicado por servoluntariosempre às 12:11

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