As portas que se abrem fechadas.
E eu ainda estou aqui. As estradas sempre na mesma direcção. E eu ainda estou aqui. A existência feita de insistências. E eu ainda estou aqui. A vida das perdas e enganos. E eu ainda estou aqui. A tolerância compreensiva incompreensível. E eu ainda estou aqui. A solidão das multidões solitárias. E eu ainda estou aqui. A solidariedade empacotada no vácuo. E eu ainda estou aqui. A promessa de um futuro passado. E eu ainda estou aqui. A dor de gritos silenciosos. E eu ainda estou aqui. A ausência presente. E eu ainda estou aqui. O insustentável peso de não ser. E eu ainda estou aqui. A morte adiada. E eu ainda estou aqui.
E vocês? Ainda aí estão?
Sérgio Aires
(in Rev. Impulso Positivo, (2011), Jan. F, p. 50)ev
Dá que pensar!
Srs. Voluntários(as) podem comentar!